Padre Pascal Vesin

Afastado da Igreja por se recursar a abandonar a Maçonaria
No dia 26 de maio de 2013, a Diocese de Annecy, na França, anunciou a remoção do padre Pascal Vesin de seu cargo como pároco após ele se recusar a deixar a Maçonaria. Vesin, membro da Grande Loja Maçônica do Oriente da França desde 2001, foi confrontado pelo bispo Dom Yves Boivineau, que seguiu as diretrizes do Vaticano: a Igreja considera a maçonaria incompatível com a fé católica. Apesar de anos de diálogo, o padre manteve sua "dupla filiação", levando à decisão final.
A tensão entre a Igreja e a Maçonaria vem do século XVIII, quando papas como Clemente XII excomungavam membros das Lojas. Embora o Código de Direito Canônico de 1983 tenha removido a menção explícita, o então cardeal Joseph Ratzinger (futuro Bento XVI) reafirmou em 1985: católicos maçons não podem receber a comunhão. O caso de Vesin reacende o debate – a diocese deixou claro que a porta está aberta caso ele renuncie à maçonaria, mas ele preferiu a "liberdade de consciência".
O conflito começou em 2010, quando uma carta anônima denunciou Vesin. Após negativas iniciais, o bispo pediu que ele escolhesse entre o sacerdócio e a Loja. Em 2013, com aval da Congregação para a Doutrina da Fé, a sanção foi aplicada. A diocese enfatizou que a medida é uma "medicina", não uma condenação eterna: "A misericórdia vai com a verdade". Enquanto isso, o caso expõe um dilema histórico: é possível servir a dois mestres?

