Maçom britânico desmitifica Irmandade com ação solidária e transparência

18/11/2025

Num gesto que une solidariedade pública à defesa da abertura, Andy Barratt, um ex-agente policial e ex-prefeito de Congleton, assumiu-se orgulhosamente como Maçom, desafiando as percepções negativas que frequentemente rodeiam a organização. Para provar o compromisso da irmandade com a filantropia, Barratt raspou o cabelo, barba e sobrancelhas num evento realizado na sua Loja Maçónica, que abriu as portas à comunidade. O evento, que angariou fundos para a Macmillan Cancer Support, serviu de palco para uma mensagem clara: os Maçons estão longe de ser secretos ou exclusivos. "Estamos a tornar-nos mais abertos. Se quiser saber mais sobre a Maçonaria, basta entrar em contacto comigo", desafiou, oferecendo visitas guiadas ao centro maçónico para explicar os propósitos da ordem.

A jornada de Barratt para a Maçonaria começou como uma busca por um novo sentido de vida, depois de uma grave condição cardíaca o ter afastado do rugby e da carreira policial. Ao procurar uma nova forma de camaradagem e propósito, encontrou na Irmandade uma vocação que se alinhava com os seus talentos. "Falar e angariar fundos para a caridade foi sempre algo em que fui bom", recordou, destacando que os Maçons estão entre os maiores doadores de caridade do Reino Unido. A sua Loja em Congleton, uma "Loja Lunar", mantém uma tradição com 300 anos, realizando as suas nove reuniões anuais na quarta-feira mais próxima da lua cheia, uma herança dos tempos em que a luz lunar guiava os membros que viajavam a cavalo.

Questionado sobre as suspeitas de que a filiação maçônica poderia influenciar o trabalho policial, o ex-agente foi categórico em refutar essa ideia. Barratt classificou como "vingativa" a recente medida que pressiona os agentes da Polícia Metropolitana a declararem a sua filiação, argumentando que são "alvo de perseguição". Para ele, ser Maçom é tão relevante quanto ser membro de um clube de futebol. Reiterando os princípios da ordem, ele enfatizou que, apesar de ser exigida uma crença num Ser Supremo, "não falamos de religião e não falamos de política". A sua conclusão é simples e direta: "Conheci milhares e milhares de Maçons por todo o país e são todas boas pessoas", rematando com a convicção de que a irmandade é, acima de tudo, uma força para o bem.