Luz no fim do túnel: acerto judicial entre Loja Maçônica e família de maçom morto em McAllen

29/05/2025

Em uma decisão que promete desvelar aspectos obscuros de uma tragédia, o processo judicial envolvendo a Loja Maçônica de McAllen, no estado norte-americano do Texas, e a família de Robert Wise, vítima de homicídio, chegou a um acordo. O incidente ocorreu em julho de 2023, quando Wise foi brutalmente assassinado a tiros no estacionamento da Loja. A família de Wise alegou que a Masonic Lodge No. 1110 agiu com negligência, destacando a falta de segurança no local, que estava completamente escuro e desprotegido na noite do assassinato. Mesmo com um histórico de vandalismo e ataques contra a Loja, incluindo uma série de incidentes desde a pandemia de COVID-19, medidas de segurança adequadas, como iluminação e câmeras, só foram implementadas após o crime.

O caso se tornou ainda mais complexo quando se revelou que, além da falta de proteção física, a Loja tinha condições financeiras suficientes para ter tomado providências antes da tragédia, mas não o fez. O processo acusa a Loja de ignorar os riscos iminentes e falhar em proteger seus membros, resultando em um caso de "negligência grosseira". Este episódio expõe não apenas a fragilidade da segurança, mas também traz à tona um debate sobre a responsabilidade das instituições, mesmo aquelas de grande tradição como a Maçonaria, em proteger seus associados e membros da comunidade.

Enquanto o acusado, Julio Diaz, continua a enfrentar acusações de assassinato e incêndio criminoso, e sua saúde mental é questionada, o acordo judicial oferece uma oportunidade para revelar mais sobre as ações internas da Loja e sua negligência diante de um ambiente de crescente violência contra instituições maçônicas. O processo é um lembrete de que até as organizações mais antigas e poderosas devem prestar contas quando falham em garantir a segurança e bem-estar de seus membros.