Luiz Fernando Veríssimo: Nunca Pertenceu à Maçonaria, mas Havia Maçonaria em seus Ideais

A partida de Luiz Fernando Verissimo deixa um vazio na literatura e a certeza de que seu legado transcende filiações formais. Embora não houvesse registros de sua participação na Maçonaria, Verissimo encarnou como poucos seus valores: a busca pela verdade, a defesa da liberdade e o humor como ferramenta de transformação social. Suas crônicas eram rituais de iniciação à lucidez, suas palavras instrumentos de edificação moral, e sua ironia desmontava dogmas com precisão maçônica.
Muitos irmãos maçons viam em Verissimo um companheiro intelectual. Seu "Analista de Bagé" era mais que humor - era uma aula de tolerância. Sua defesa da liberdade de pensamento ecoava os princípios das lojas, e sua capacidade de ver o extraordinário no cotidiano lembrava a busca maçônica por mais luz. Verissimo não precisou do avental porque sua pena já era um compasso a desenhar universos de significado.
Hoje, celebramos o que ele compartilha com a Maçonaria: a crença no poder das ideias, o humano sobre o dogmático e a convicção de que o riso ilumina a sabedoria. Que sua obra continue a construir templos de palavras que libertam, ideias que unem e humor que humaniza. Até sempre, caro Verissimo. Sua luz permanece.


