John Harris

John Harris Jr. (1791-1873) não era um artista qualquer. Especialista em fac-símiles, ele enganava até os maiores peritos do Museu Britânico com páginas tão perfeitas que ninguém distinguia as cópias dos originais 2. Mas foi na Maçonaria que deixou seu legado eterno. Iniciado em 1818, dedicou-se a criar painéis ritualísticos — obras que ilustravam símbolos como a Espada Flamejante e a Escada de Jacó, guiando gerações de maçons. Apesar do talento, sua vida foi marcada por tragédias: perdeu cinco filhos, ficou cego e paralítico, e dependeu de ajuda da instituição maçônica para sobreviver.
Em 1845, Harris venceu um concurso para padronizar os painéis de loja — telas que ensinam os graus simbólicos. Seus desenhos, cheios de detalhes como o Esquadro e o Compasso, tornaram-se referência global e são usados até hoje 115. Ele até presentou o Grão-Mestre da Inglaterra com miniaturas tão precisas que ganhou aprovação real! Mas, ironicamente, morreu na pobreza, esquecido pelo mundo... até que maçons resgataram sua história.
Harris foi enterrado em Croydon, mas seu túmulo sumiu por 143 anos! Em 2016, maçons redescobriram o local e ergueram uma lápide com símbolos místicos e uma cifra 9. A placa reproduz um de seus painéis e esconde um código no alfabeto maçônico.
Será que você consegue decifrar?
"A arte exige que não fiquemos parados" — e Harris jamais parou, mesmo com toda sua dificuldade.

