A Música Maçônica

A Música Maçônica, presente em rituais e encontros da Maçonaria, une arte e espiritualidade por meio de duas vertentes: canções de Loja, tocadas em momentos informais, e música cerimonial, composta para ritos específicos. Seu simbolismo é marcado pelo número 3 e pela letra "B" (representada pelo bemol, ♭), refletindo-se na preferência por escalas como Dó menor e Mi bemol maior, que possuem três bemóis. Essa escolha integra matemática, estética e simbologia, criando uma linguagem universal que transcende o som.
Grandes nomes da Música Clássica, como Mozart, contribuíram para o repertório maçônico. Suas obras "A Flauta Mágica" e "Música Fúnebre Maçônica" são emblemáticas, enquanto Beethoven teve composições adaptadas por Lojas, como revela uma carta de 1810. Outros, como Rameau, exploraram temas maçônicos em óperas, e compositores como Neefe e Benda dedicaram-se a peças cerimoniais, consolidando um acervo que mescla filosofia e espiritualidade.
Ao longo dos séculos, a música maçônica evoluiu com contribuições diversas. Do século XVIII ao XX, nomes como William Boyce, Albert Lortzing e Jean Sibelius reinventaram o gênero, enquanto André Gedalge compôs o hino da Ordem Internacional Le Droit Humain, com letra de sua esposa Amélie, pioneira em lojas femininas. Mais que notas musicais, essas obras simbolizam fraternidade e diálogo, mostrando que a música maçônica é herança cultural e convite à união, perpetuando valores coletivos mesmo quando adaptada ou emprestada.

