Grande Oriente da Suíça homenageia Hanna Assouline com prêmio por sua luta pela paz

No dia 17 de outubro, em Genebra, o Grande Oriente da Suíça (GOS) concedeu seu "Prêmio Compromisso Humanista" à ativista pacifista Hanna Assouline. A homenagem reconhece seu trabalho corajoso a favor do diálogo entre israelenses e palestinos e sua defesa incansável de uma paz justa, inclusiva e duradoura. Assouline é diretora, escritora e fundadora do movimento Les Guerrières de la Paix (As Guerreiras da Paz).

Em seu discurso, o Grão-Mestre do GOS, Christophe Ravel, enfatizou que a obediência maçônica trabalha para levar os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade para além de seus templos. "Acreditamos que o pensamento só tem valor se for transformado em ação", declarou. "Em um mundo onde o choque muitas vezes prevalece sobre as palavras, escolhemos homenagear aqueles que reconstroem laços e constroem pontes entre os povos". Após a cerimônia, os participantes assistiram ao filme "Resistir pela Paz", de autoria de Hanna Assouline e Sonia Terrab.

Profundamente comovida, Hanna Assouline discursou com uma rara intensidade. "Vivemos numa época em que o medo substituiu a nuance. Entre o barulho das armas e o das opiniões extremas, permanecem os pequenos gestos que fazem a paz", afirmou. Ela fez uma distinção crucial entre um cessar-fogo e a paz verdadeira, definindo esta última como um "projeto social, um horizonte partilhado". A ativista ainda alertou contra a polarização do debate: "A paz não é escolher um lado, é rejeitar o ódio de ambos os lados".

Fundado em 2022, o movimento Les Guerrières de la Paix personifica essa visão, reunindo mulheres de diversas origens religiosas em torno de um compromisso comum: recusar a pressão para escolher um lado do ódio em detrimento do outro. Ao homenagear Hanna Assouline, o Grande Oriente da Suíça não celebrou apenas uma mulher excepcional, mas lembrou que a paz é uma responsabilidade coletiva e um trabalho contínuo que todos podem nutrir por meio de palavras e ações.