A Polícia Metropolitana de Londres volta a exigir declarações de filiação maçônica aos seus membros.

12/12/2025

A Polícia Metropolitana de Londres (MET) anunciou uma nova política controversa: todos os agentes e funcionários são agora obrigados a declarar qualquer filiação, passada ou presente, à Maçonaria. A decisão, justificada pela necessidade de "transparência" e de "proteger a confiança do público", baseia-se numa consulta interna onde dois terços dos inquiridos consideraram que esta pertença poderia afetar a perceção de imparcialidade. A Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE) reagiu imediatamente, classificando a medida como "ilegal, desproporcional, injusta e discriminatória", acusando ainda a polícia de não ter efetuado uma consulta genuína.

Esta polêmica não é nova, sendo alimentada há décadas por teorias da conspiração e por um profundo preconceito na sociedade britânica, frequentemente incitado por narrativas mediáticas sensacionalistas. Apesar de inúmeras investigações oficiais ao longo dos anos nunca terem encontrado provas concretas de que a filiação maçônica leve a favoritismo ou corrupção dentro das forças policiais, a "percepção" de risco prevaleceu como justificação para a nova regra. Críticos apontam que a política estigmatiza injustamente os maçons, equiparando a sua filiação legal à associação com criminosos.

A medida coloca a MET num terreno legal delicado, recordando decisões semelhantes no passado que foram consideradas discriminatórias pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Num momento em que as forças policiais enfrentam desafios significativos de recursos e de confiança pública, muitos questionam a prioridade dada a esta questão. O próximo passo está agora nas mãos da UGLE, que está a analisar uma resposta formal, podendo levar a questão para os tribunais.