(1761) 🇫🇷 Emissão da Patente para Étienne Morin (REAA)

10/07/1761

Étienne Morin, esse desconhecido

Por muito tempo, perguntou-se quem era esse homem, a quem devemos a criação e regulamentação do primeiro dos ritos maçônicos atualmente praticados no mundo maçônico, o Rito Escocês Antigo e Aceito.

Eminentes historiadores maçônicos o fizeram nascer em vários lugares, até mesmo em Haiti ou na Martinica. Atribuíram-lhe parentes hugonotes, sangue mestiço, origem africana ou francês expatriado.

Chegou-se a afirmar que ele foi encarcerado, por razões desconhecidas, na Bastilha.

Isso até o dia em que sua assinatura foi encontrada em um registro do porto de Bordeaux, indicando a partida, em março de 1762, para a ilha de São Domingos, de um certo "Étienne Morin, com quarenta e cinco anos, de estatura média, cabelos negros, usando peruca, natural de Cahors, em Quercy".

É verdade, e é preciso reconhecê-lo, que isso é tudo o que se sabe sobre esse homem e sobre sua vida profana...

Foi em Bordeaux que Étienne Morin se manifestou, em 1744, como maçom, já portador de altos graus escoceses. Ele fundou uma Loja dos Eleitos Perfeitos de São João da Escócia, que logo se espalhou para Toulouse, Montpellier, Marselha, Avignon, sem esquecer as ilhas de São Domingos e Martinica.

Instalado em São Domingos a partir de 1763, Étienne Morin construiu ali um "rito escocês", inicialmente com onze, depois com vinte e dois graus "superiores", dos quais redigiu os rituais em colaboração com um assistente holandês chamado Henry Andrew Francken – que implantará o REAA na terra americana.

Étienne Morin morreu em 1771 na ilha da Jamaica, sem nunca ter retornado à sua terra natal.